A ex-primeira-dama de Mato Grosso, Roseli de Fátima Meira Barbosa (PMDB), e outras 31 pessoas se tornaram réus em uma ação penal movida pelo Ministério Público do Estado (MPE), sob acusação vitimarem o Estado com desvio de recursos públicos na Secretaria de Trabalho e Assistência Social (Setas) durante os anos de 2012 e 2013.
Ao grupo são imputados os crimes de constituição de organizaçao criminosa, corrupçao, peculato, lavagem de dinheiro e uso de documentos falsos. Segundo o MPE, o desvio na Setas chega a R$ 8 milhoes. O esquema foi desbaratado pela Operação Arqueiro, deflagrada pelo Grupo de Atuaçao Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Apresentada em dezembro do ano passado, a denúncia do foi recebida pela juíza Selma Rosane Santos Arruda, da Sétima Vara Criminal, no último dia 20 de março.
Na denúncia o MPE pede que o erário seja ressarcido do prejuízo e os envolvidos, condenados criminalmente. Além disso, solicita a suspensão das atividades de algumas empresas envolvidas no esquema, o que foi acatado pela magistrada.
As investigações começaram após a divulgação de erros grotescos em apostilas utilizadas nos cursos de capacitação em hotelaria e turismo do governo do Estado. Os erros traziam informações deturpadas e ofensivas sobre diversos municípios do estado.
Segundo o MPE, nos últimos dois anos, a empresa Microlins e os institutos Mato-grossense
Desenvolvimento Humano (IMTDH) e Concluir receberam do Estado quase R$ 20 milhões em programas como o “Qualifica Mato Grosso” e o “Copa em Ação”. Nas contratações, nomes de “laranjas”, que também se tornam réus na ação, foram utilizados.
Reportagem/MT Norte