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Variedades Quinta-feira, 01 de Setembro de 2016, 00:00 - A | A

01 de Setembro de 2016, 00h:00 - A | A

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Marcela Temer assumirá cargo em programa social



Tão logo se tornou presidente interino, em maio, Michel Temer adiantou que, caso fosse efetivado no cargo, convocaria sua mulher, Marcela, para assumir alguma função na área social.

— Ela virá para a área social. Vai trabalhar intensamente — declarou, reforçando que ela é advogada e muito preocupada com as questões sociais.

Primeira-dama de fato desde quarta-feira, quando Temer foi empossado, Marcela passará em breve a atuar no “Criança Feliz”, nome ainda provisório, coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social. O foco do programa, que será lançado na terceira semana de setembro, em um grande evento no Palácio do Planalto, será o atendimento às 4 milhões de crianças de zero a quatro anos do Bolsa Família.

O ministro Osmar Terra, idealizador do programa, conta que as crianças de até mil dias (pouco menos de três anos) serão atendidas em casa, semanalmente, para avaliação médica, pedagógica e psicológica. Depois desta etapa, até completar quatro anos, as visitas passarão a ser quinzenais.

— Como foi dito há alguns meses pelo presidente, Marcela assumirá seu primeiro desafio no governo atuando neste programa social. É mãe e tem todos os predicados para ajudar nesta área — disse um auxiliar presidencial.

Desde a semana passada, o governo está buscando formar um grupo de assessores que trabalhará com a primeira-dama. Ainda não há definição se Marcela terá um gabinete no Planalto.

O programa começará a ser implantado em dez cidades, como projeto-piloto, entre elas, Boa Vista, Arapiraca (AL), e Pelotas (RS). Para o ano que vem está previsto um orçamento de R$ 300 milhões. Este valor, segundo Osmar Terra, poderá chegar a até R$ 800 milhões.

 

 Com velocidade, acontecerá em todos os municípios. Haverá uma grande capacitação de gestores e depois uma seleção em nível municipal — afirmou o ministro.

Terra atuará novamente, depois de mais de 20 anos, em parceria com uma primeira-dama. Ele foi secretário-nacional do Comunidade Solidária, criado por dona Ruth Cardoso, mulher do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O programa tucano, que atuava em parceria com a iniciativa privada no combate à exclusão social e à pobreza, foi substituído em 2003 pelo Fome Zero da primeira gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Marcela e o filho caçula do casal, Michelzinho, deixaram São Paulo, onde moravam, e mudaram-se para Brasília em julho, pondo fim ao desconforto de Temer, que, desde que assumiu a Presidência interinamente, demonstrava preocupação com o fato de Marcela e o filho do casal permanecerem morando na residência da família em São Paulo — que foi alvo de protestos de manifestantes contra o impeachment de Dilma Rousseff. Temer havia criado a rotina de embarcar ao encontro da mulher e do filho às sextas-feiras, quase sempre na hora do almoço.

Após a mudança, a primeira-dama passou a ter na capital uma rotina discreta e, até o momento, participou de apenas uma solenidade oficial ao lado de Temer. No começo deste mês, o acompanhou a um ato de promoção de militares. Dias antes da solenidade, ela acompanhou o filho ao primeiro dia de aula. Temer decidiu em cima da hora ir até a escola para buscar Michelzinho.

Reservada, Marcela não ficou satisfeita com a exposição familiar. Já na solenidade de promoção dos militares, foi Temer quem não gostou das repercussões. Reclamou a auxiliares próximos dos vídeos e fotos em que Marcela se desequilibra e se apoia em seu braço ao descer a íngreme rampa que dá acesso ao Salão Nobre do Palácio do Planalto.

— Marcela é jovem e bonita. Natural que chame atenção e haja curiosidade. Ela terá uma boa atuação numa área que gosta — comentou um auxiliar palaciano.


 

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