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Variedades Sexta-feira, 22 de Julho de 2016, 00:00 - A | A

22 de Julho de 2016, 00h:00 - A | A

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Sem perder o pique

Jornal Mato Grosso do Norte



por Caroline Borges

TV Press

      Sandra Annenberg conhece muito bem as particularidades que envolvem os bastidores dos estúdios de uma emissora. Filha de um engenheiro eletrônico e de uma produtora de televisão e teatro, a jornalista estreou no veículo aos seis anos, com uma participação em uma produção da TV Cultura. De lá para cá, apenas intensificou sua relação com a televisão através da dramaturgia e do jornalismo. Durante todos os seus anos dedicados ao vídeo, Sandra acumulou experiências em programas, novelas e minisséries até se dedicar por completo aos telejornais. "Estou há 42 anos na tevê. Sempre quis fazer parte desse cubo mágico (risos). Parei de fazer a Escola de Arte Dramática da USP para trabalhar. Quando fiz teste para moça do tempo, me vi em uma redação. Depois, decidi fazer faculdade de Jornalismo", afirma ela, que apresenta o "Jornal Hoje", ao lado de Evaristo Costa, e o "Como Será?". 

      Na bancada dos principais telejornais da Globo, Sandra ficou conhecida pelo jeito espontâneo na hora de apresentar. Apesar da grande repercussão no vídeo, a jornalista ainda se surpreende com a resposta de seu trabalho entre o público."Não me dou conta da importância que tenho na vida das pessoas. É simplesmente o jeito que sei fazer. Mas cada telejornal exige uma forma de apresentar. Sou muito realizada com meu trabalho e feliz com o respeito que conquistei do público", valoriza.

P – O "Como Será?" já ultrapassou 100 edições e, em agosto, completa dois anos no ar. Qual o balanço que você faz do programa até aqui?

R – O melhor possível. Ao longo das edições, fomos aprendendo e aperfeiçoando o projeto. Hoje, fazemos um programa melhor do que no início. Estamos sempre muito livres para mudar e inovar o tempo todo. Acho que conseguimos mostrar para o público que a transformação do mundo depende de cada um de nós. Nos últimos meses, tivemos um aumento de audiência significativo. As pessoas acordam cedo para ver o programa. Em tempos de crise, o público procura por algo do bem.

P – Como funciona a divisão do seu trabalho entre o "Como Será?" e o "Jornal Hoje"?

R – Durante as manhãs, a partir das 8 horas, minha dedicação é ao ''Jornal Hoje''. Nas quintas, gravo o ''Como Será?'' no final da tarde. Não é um programa simples. Tem mudança de cenário, recebemos gente. Toma bastante tempo a gravação. Termino por volta das 22 horas. Também assisto às reportagens antes de gravar o programa. Porém, não consigo participar da reunião de pauta, por exemplo.

P – Por quê?

R – Fica difícil participar de tudo. Além disso, a reunião é no horário do ''Jornal Hoje''. Tenho uma equipe que se divide entre o Rio de Janeiro e São Paulo. Costumo dizer que nunca troquei tanto e-mail como agora (risos). Há muitos encontros virtuais.

P– Trabalhar com uma produção fora do "hard news" era um desejo seu?

R – Há algum tempo, eu queria mexer com educação e pensava que podia fazer algum trabalho jornalístico com isso. Cheguei a desenvolver um ''reality'' sobre educação. Mostrei para o Carlos Henrique Schroder que, na época, era diretor de jornalismo da Globo, mas ele achou que não tinha a cara de um programa. Porém, ele me falou que tinha o ''Globo Cidadania'', pois o Serginho Groisman estava saindo. Fiz durante mais de um ano. Nesse período, fui conversando com o diretor e falando de transformar o programa em algo maior. Uma produção de variedades, mas com a pegada social. É uma criação coletiva. 

P – Apesar de ser da área de jornalismo da Globo, o "Como Será?" segue uma linha de variedades. Você tem planos de mudar definitivamente para o entretenimento, como aconteceu com a Fátima Bernardes, Patrícia Poeta e Zeca Camargo?

R – Não. Acredito que assumir o ''Como Será?" não tenha sido uma grande mudança de área. Independentemente da área de atuação, ninguém deixa de ser jornalista nunca. Não pretendo mudar. Consegui esse espaço e fiquei muito feliz. Estou na Globo há 25 anos e venho conquistando respeito e reconhecimento dentro da emissora.

 

"Como Será?'' – Globo – Sábado, às 7 h.

"Jornal Hoje" – Globo – De segunda a sábado, às 13:25 h.

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