Sexta-feira, 18 de Abril de 2025

Caderno B Sexta-feira, 11 de Abril de 2025, 08:54 - A | A

11 de Abril de 2025, 08h:54 - A | A

Caderno B / VITRINE

Vetor da liberdade

Dudu Bertholini exalta tom mais acolhedor e sustentável do “Esquadrão da Moda” do SBT



por Geraldo Bessa TV Press                

Dudu Bertholini sempre acreditou em uma moda mais inclusiva e sustentável, onde roupas, calçados e acessórios, em vez de falsificar uma personalidade, estão mesmo é a favor do bem-estar e do estilo de quem os usa. Por isso, do alto de seu 1,92 m de altura, looks exagerados e jeito de quem sabe do que está falando, ele se junta a modelo Renata Kuerten e assume com propriedade o posto de apresentador do “Esquadrão da Moda”, do SBT.                

No ar desde 2009 e exibindo sua 16ª temporada, a produção é baseada no formato original do reality inglês “What Not to Wear”, da BBC, cujo objetivo é repaginar o visual de seus participantes. Além da premissa fashion, o programa também mergulha nos dilemas de seus personagens, com conselhos e dicas que vão muito além da vestimenta, algo determinante para o novo integrante. “Me sinto honrado e feliz de ocupar esse lugar. É o programa de moda mais longevo da tevê brasileira, um programa de serviço e utilidade pública, que ajuda as pessoas a revelarem o melhor delas através da moda”, ressalta.                

Com os pés no chão e cheios de ideias, Dudu chegou ao primeiro dia de gravação, no último mês de fevereiro, disposto a ouvir e aprender. De cara, já se sentiu à vontade ao encontrar Renata, com quem já trabalhou inúmeras vezes pelas passarelas e de quem se tornou amigo. “Acho muito legal o jeito que ela vem conduzindo a carreira de comunicadora. Nossa sintonia em frente às câmeras foi instantânea e o fato de estar ao lado dela me deixou menos nervoso”, confessa.                

Com a dupla, o SBT reforça o compromisso de levar o “Esquadrão da Moda” para outro caminho, distanciando-se da tradição de tratar o gosto pessoal dos participantes com um certo desdém, proposta contida no formato original, mas que não envelheceu muito bem. Apesar do tom um pouco mais sério, Dudu garante que humor é uma das ferramentas mais utilizadas ao longo dos episódios. “Não sou uma pessoa ácida. Prefiro rir com a pessoa e não dela. A moda se tornou mais empática e diversa. Isso não significa que não teremos memes e piadas. Tem muito humor, mas agora é utilizado de forma mais inclusiva e acolhedora”, avalia.                

Curioso e bom de papo, Dudu tem feito boas amizades durante as gravações do programa. Indo sempre além dos limites do roteiro, ele acaba se envolvendo com as histórias de vida de cada participante e, ao finalizar cada episódio, sente a dor da despedida, mas com a promessa de manter algum contato com os personagens da temporada. “Eu me apego mesmo. Sou comprometido com tudo que faço. Fico muito tocado pelas histórias dos participantes e com o poder que as pessoas têm de se transformar. É sobre entender quem elas são”, argumenta.                

Outro ponto que o aproximou da nova pegada da produção foi a proposta de sustentabilidade. Defensor da ideia que não é necessário comprar muito para aprimorar o próprio estilo, ele acredita ser importante falar sobre consumismo exagerado na tevê aberta. “A gente fala muito sobre a moda circular, que é um dos grandes princípios da sustentabilidade. Quando você se conhece, não precisa descartar uma roupa por semana. A ideia é que a pessoa se conheça e possa ter uma relação mais longeva com o próprio guarda-roupa”, explica.                

Natural de São Paulo, Dudu tinha apenas 17 anos quando começou a se envolver com o mundo da moda. Poucos anos depois, já era celebrado como uma das grandes promessas do universo fashion brasileiro a bordo da marca Neon, que fundou com a amiga Rita Comparato. Sua persona acabou chamando a atenção da tevê, onde participou de novelas como “Verdades Secretas”, “Pega-Pega” e “A Dona do Pedaço”, entre outras. Porém, o poder de seu discurso e tudo o que entende de moda acabou por ser mostrado mesmo é nos anos que integrou a bancada do “Amor e Sexo”, programa comandado por Fernanda Lima, na Globo. “Pela visibilidade, é um projeto que chegou ao Brasil profundo, virou pauta entre as famílias e normalizou algumas questões que antes eram polêmicas. Orgulho enorme de ter feito parte deste programa”, conta.                

Agora, aos 45 anos, Dudu se divide entre a carreira de estilista e a comunicação. Feliz com a boa repercussão do “Esquadrão da Moda”, ele agora espera a estreia da segunda temporada de “Drag Race Brasil”, versão nacional do premiado reality onde é um dos jurados fixos. “Gosto de estar muito ocupado falando de coisas em que acredito. Apresentar a moda como vetor de liberdade é minha missão de vida e ter espaço para essa mensagem na televisão é algo que me instiga”, destaca.  

Esquadrão da Moda” – SBT – sábados, às 20h45.

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