Jornal Mato Grosso do Norte
Reportagem
Mato Grosso do Norte
O vereador José Valdecir do Santos (PSC), o Mendonça, que faz parte da base do prefeito Asiel Bezerra na Câmara Municipal, disse que faltou critério na forma como a prefeitura conduziu o processo que ensejou na demissões de 250 servidores contratados. Para ele, o impacto no âmbito da administração poderia ter sido menor se alguns cuidados tivessem sido tomados.
“Existem pessoas concursadas na prefeitura trabalhando como nomeadas. Enquanto, alguém nomeado trabalha na vaga deste servidor. Uma das providência que a administração deve tomar com urgência é corrigir esses desvios de função. O servidor tem que atuar no cargo para o qual prestou o concurso”, enfatiza Mendonça.
Outra medida que o vereador aponta que deveria ter sido tomada antes das demissões, seria a nomeações de servidores que ocupam cargos essenciais como enfermeiras, mecânicos e operadores de máquinas. Ele cita o caso das duas enfermeiras padrão da comunidade Santa Lucia que foram mandadas embora.
“Temos postos de saúde fechados, a secretaria de obras está sem equipes de trabalho, temos problemas no transporte escolar, porque foram demitidos servidores que exercem cargos que não podem ficar desocupados. Se o prefeito não encontrar uma forma urgente de resolver esta situação, o município vai entrar em colapso”, assevera o parlamentar.
O vereador lamenta que, mesmo diante deste quadro, ainda se encontra ‘jeitinhos’ na administração de encaixar e manter nomeados. “Tem gente de Cuiabá trabalhando na prefeitura, enquanto profissionais qualificados como as enfermeiras, sendo dispensados. Na minha avaliação, não é necessário trazer gente de fora para trabalhar em Alta Floresta, porque aqui temos pessoas capacitadas”, enfatiza.
Mendonça não poupa também o titular da secretaria de Saúde, que segundo ele, fala que não gosta de políticos. “Dizer que não gosta de político ocupando um cargo que indicação política é contraditório. E essas posições atrapalham num momento em que o município precisa de união. É preciso que os secretários entendam que quando um vereador o procuram em suas salas, está indo me nome da população, tentando encontrar uma solução para algum problema”, critica o vereador.
Para ele, o momento crítico que o município passa, exige que soluções urgentes sejam adotadas, visando soluções rápidas.
“Votamos a lei sobre os ajustes de salários porque foi uma determinação do promotor de justiça que deveria ser votado em 24 horas. Mas isso não impede que a prefeitura agilize e nos envie uma nova lei para que haja correções e a prefeitura possa contratar para esses cargos essenciais, na saúde e na obras. O município está sendo penalizado e esta situação tem que ser resolvida”, pontua o vereador.
