por Márcio Maio TV Press
Marcelo Pires, mais conhecido como Belo, nunca se esquivou dos desafios que a vida lhe impôs. Agora, aos 50 anos de idade, o cantor revisita momentos marcantes de sua trajetória pessoal e profissional na série “Belo, Perto Demais da Luz”, disponível desde 28 de novembro no Globoplay. A produção original, em parceria com a AfroReggae Audiovisual, é dividida em quatro episódios e mistura entrevistas, depoimentos e imagens de arquivo para contar a história de um dos artistas mais populares do Brasil.
“Foi pelo palco, pela arte, através da minha voz. A arte te liberta, te salva, te rejuvenesce, te cura”, reflete Belo, que viu na série uma oportunidade de compartilhar não apenas seus sucessos, mas também os momentos mais delicados de sua vida.
A narrativa passa pela infância em São Paulo e pelo estrelato com o grupo Soweto nos anos 1990, até as polêmicas que marcaram sua trajetória. A dualidade entre o Belo artista e o Marcelo Pires, ser humano, aliás, é um dos pontos centrais da obra.
A série conta com depoimentos de mais de 35 pessoas, entre artistas, amigos e familiares
“Posso falar que conhecem o CNPJ, mas não conhecem o CPF. E é importante conhecer o CPF”, ressalta ele, que teve de recordar passagens dolorosas ao longo da produção, como o período em que esteve preso. “Era uma caixa que eu já tinha colocado em outro lugar. Foi ruim fazer essa visita, mas era primordial”, admite.
Com direção artística de Jorge Espírito Santo, roteiro e direção de Gustavo Gomes e produção de José Junior, “Belo, Perto Demais da Luz” também explora a transformação do cantor ao longo dos anos. Para Belo, a música sempre foi mais do que uma carreira: foi um meio de superação. “O dono da dor sabe o quanto dói. Em todos os momentos, eu fui como Marcelo, não como Belo. O Belo não cometeu crime nenhum. O crime do Belo foi amar demais, se entregar demais, cantar demais”, pontua.
A série conta com depoimentos de mais de 35 pessoas, entre artistas, amigos e familiares, como Gracyanne Barbosa, Ludmilla, Péricles e Alcione. Esses relatos, aliados às imagens de arquivo, ajudam a construir um retrato humano e revelador do cantor.
“Não é um documentário chapa branca. Não é só para falar bem, até porque sou um artista muito bem-sucedido dentro do que faço. Sei meu tamanho e a força que tenho com meu público”, valoriza Belo, que parece nunca ter se sentido sozinho em sua trajetória na música.
“Tive de me reinventar. Meu público nunca me abandonou, sempre esteve comigo nos momentos mais difíceis. Tudo o que tenho e realizei foi através da música”, enaltece o artista, que também atua na terceira temporada de “Arcanjo Renegado”, já disponível no Globoplay, e em “Veronika”, série da mesma plataforma de streaming, mas ainda sem data definida de estreia. Ambas as produções têm a assinatura da AfroReggae Audiovisual.
“Belo, Perto Demais da Luz” – Globoplay.