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Caderno B Sexta-feira, 02 de Agosto de 2024, 08:43 - A | A

02 de Agosto de 2024, 08h:43 - A | A

Caderno B / CINCO PERGUNTAS

Solo consagrado

Em sua terceira Olimpíada como comentarista, Daiane dos Santos celebra visibilidade da tevê na popularização da Ginástica



por Geraldo Bessa TV Press                

Daiane dos Santos pode até ter se aposentado da Ginástica Olímpica, mas ao longo do ano, durante as disputas mundiais da modalidade, e sobretudo em tempos de Jogos Olímpicos, uma rotina paralela à de atleta é adotada. Porém, em vez de disputar as medalhas, ela agora tem a função de explicar os detalhes das competições e suas curiosidades. Em sua terceira participação como comentarista da Globo nas Olimpíadas, ela celebra a oportunidade na tevê como uma forma de se manter perto do esporte que tanto ama. “Gosto de compartilhar com o público as experiências e memórias da minha carreira. Além de passar informações importantes da modalidade e da equipe. É um trabalho que faço com muita paixão”, ressalta.                

Gaúcha de Porto Alegre, Daiane tinha apenas 16 anos quando começou a ganhar suas primeiras medalhas. De 1999 a 2012, fez história ao se destacar em competições importantes como os Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, e diversas Copas Mundiais de Ginástica Olímpica, onde garantiu a primeira medalha de ouro para o Brasil na modalidade no solo em Stuttgart, na Alemanha, em 2003. Em apresentações carregadas de brasilidade, Daiane ajudou a popularizar o esporte no país, além de colocar na boca do povo expressões como Duplo Twist Carpado. Aos 41 anos, ela segue como ícone esportivo e joga luz sobre a nova geração de ginastas nacionais. “É claro que temos a Rebeca (Andrade) como estrela. Mas o Brasil agora também conta com um grupo forte e talentoso para vencer e influenciar novas gerações”, valoriza.

P – Você se aposentou da carreira de atleta em 2012 e sua primeira Olimpíada como comentarista foi em 2016. Foi uma transição de carreira pensada?

R – Foi um convite muito bem-vindo e que gerou frutos, mas não foi um caminho planejado. Eu queria continuar envolvida com a Ginástica Olímpica de alguma forma. E ser comentarista me deixa próxima do esporte, do público e dos eventos. Tudo aconteceu de forma natural e estrear como comentarista em 2016 teve um gosto muito especial.

P – Por quê?

R – Os jogos olímpicos foram no Rio de Janeiro e foi um ano onde a Ginástica passou a mostrar melhores resultados no evento. De todas as disputas, acredito que as Olímpiadas são as mais esperadas. Seja como atleta ou como comentarista, tem de ter muito empenho, preparo e dedicação.

P – Como você se preparou para Paris 2024?

R – Eu vivo o esporte até hoje, estou sempre ligada em tudo e, ao longo dos anos, meu foco foi me preparar para me comunicar cada vez melhor. A minha empolgação com esses jogos é alta porque a modalidade vive um momento de crescimento no país, algo que começou lá no início dos anos 2000 e foi se desenvolvendo. Desde 2016, esse crescimento ganhou mais força e investimento. O resultado pode ser visto em Tóquio, em 2021, onde o mundo conheceu a estrela que é a Rebeca (Andrade). Hoje, temos um grupo novo e muito preparado para lutar por medalhas.

P – De alguma forma, esse novo grupo a faz lembrar do seu início como atleta em grandes eventos?

R – Muito. Sempre visito a equipe nos treinos e a gente conversa muito sobre aquele momento inicial do Brasil na Ginástica Olímpica. A modalidade ganhou mais público, fãs e entusiastas. Além disso, a gente vê a Ginástica Rítmica em crescimento também. As meninas vêm vencendo torneios e fazendo um trabalho muito bonito. São federações coirmãs e atestar essa evolução dupla é muito bom.

P – Além de você, nomes importantes do esporte, como os irmãos Diego e Daniele Hypolito, também fazem parte do time de comentaristas da Globo. Como é essa convivência?

R – A gente é do mesmo grupo, lá do início dos anos 2000. Torcemos, choramos e celebramos muitas conquistas juntos. É muito bom refazer essa parceria com eles, agora em uma nova função. O time de comentaristas da emissora é incrível e os bastidores são realmente muito empolgantes por conta desses reencontros.

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